Processo de fabricação de peças plásticas injetadas: do design ao produto final
- MARPLA
- 2 de ago. de 2024
- 5 min de leitura

A fabricação de peças plásticas injetadas passa por um processo que vai do design até o produto final e nesse conteúdo vou te mostrar como funciona esse passo a passo.
Conhecer o processo de fabricação é importante para que você, como empresa cliente, saiba o que é mais adequado de ser feito, podendo interferir quando achar pertinente.
Não saber nada sobre um projeto te deixa vulnerável, sem saber se o que está acontecendo é o certo ou não. Com certeza, você não precisa dominar todas as técnicas da injeção plástica, mas ao saber como funciona o processo, você fica mais seguro em contratar um fornecedor.
Dá uma olhada no que vamos ver por aqui:
4. Início do processo de fabricação das peças plásticas injetadas
1. Início do Projeto
O processo de fabricação de peças plásticas injetadas inicia-se com a ideia, assim como diversos outros projetos. É necessário saber qual é a peça que precisa ser feita para iniciar o projeto.
Por vezes, a empresa sabe apenas qual é a funcionalidade que a peça precisa ter, mas em conjunto com o fabricante de peças plásticas e um projetista, conseguem chegar ao modelo adequado.
Apesar disso, o ideal é que a empresa já tenha o projeto e o desenho da peça que precisa.
Tendo já o desenho da peça plástica, é possível realizar impressão 3D para verificar dimensões em tamanho real.
É claro que a impressão 3D não terá as características físicas e químicas essenciais para a utilização dessa peça. Serve apenas para dar a noção de encaixe no tamanho adequado.
E um ponto importante a ser destacado é que, hoje, a impressão 3D é a única alternativa para conseguir uma “prévia” da peça antes da sua execução verdadeira. Isso porque no processo de injeção plástica, é inviável realizar um protótipo de teste.
Para fazer uma peça injetada, é necessário ter um molde e este, por sua vez, é uma ferramenta que não tem como ser feita de modo mais “descartável”. Em geral, o molde já é o que será utilizado para a produção final da peça.
Fabricar um molde apenas para teste é inviável por questão de tempo e também de dinheiro. Caso você ainda não saiba se a peça terá utilidade dentro do teu produto, o ideal é buscar alguém que já faça esse tipo de peça.
Ao constatar que será uma peça essencial para a montagem do teu produto, aí sim inicia-se o processo de fabricação do molde para realizar a injeção da peça plástica.
2. Estudo do Material
A segunda etapa do processo de fabricação de peças plásticas injetadas é o estudo do material que será utilizado.
Quando estamos diante de um processo de fabricação que já está em atividade, o material, embora possa ser analisado, já está pré-definido. Quando ainda estamos diante de um projeto, é necessário fazer esse estudo do material mais a fundo.
E como ocorre esse estudo: a partir da indicação das características físicas e químicas que gostaria que a peça plástica tivesse, é possível chegar a conclusão de qual seria o material ideal.
Além disso, também pode ser feita a análise do material a partir de uma amostra de outra peça plástica utilizada como “modelo”.
Nessa última situação a peça plástica “modelo” deve ser encaminhada para laboratório para realizar os testes e só então constatar qual é o material ali utilizado.
Importante destacar que chegar ao material ideal não se trata apenas de indicar o material principal, como o polipropileno, mas também identificar quais devem ser os índices desse material e se é necessário outros componentes para deixar a peça com as características desejadas.
Inclusive, fazer esse estudo e identificar o material adequado será importante para realizar o orçamento final e verificar para quem será mais vantajoso financeiramente comprar a matéria prima.
3. Construção do Molde
A terceira etapa é a construção do molde, que fica por conta da ferramentaria, que será responsável por projetar e fabricar o molde.
E definir qual será o material utilizado antes de fazer o molde é essencial, pois essa ferramenta só pode ser construída de acordo com a matéria prima que será utilizada depois. Por isso que essa é a terceira fase dentro do processo de fabricação de peças plásticas injetadas.
O tempo de construção de um molde não é pouco. Trata-se de um trabalho minucioso e que precisa de cuidado. Não tem como estimar o prazo, porque depende das características de cada projeto.
Mas, a título exemplificativo, um molde pequeno e simples pode demorar 4 meses para ser finalizado.
E quando podemos considerar que um molde foi finalizado?
Quando temos a possibilidade de utilizar sem ter qualquer problema.
Depois que acabam os processos de construção do molde, é necessário fazer testes para verificar se ele está funcionando de forma adequada.
Caso algo ainda não esteja bom, é importante realizar ajustes e fazer novos testes. O molde é, então, considerado finalizado quando não apresenta nenhum ponto que precise ser reparado.
4. Início do processo de fabricação das peças plásticas injetadas
Molde finalizado, agora é hora de colocá-lo na máquina injetora para iniciar a produção das peças.
A máquina precisa ser adequada ao molde e ao material. Esse detalhe é importante de ser analisado antes mesmo da construção do molde e essas informações, o seu fornecedor de peças plásticas injetadas é quem te fornecerá.
O molde, além das medidas de altura, possui um peso de fechamento. A máquina precisa suportar todas essas dimensões e parâmetros para conseguir fabricar a peça.
Depois, a máquina, mesmo que esteja adequada ao molde, precisa ser configurada para produzir a melhor peça possível. Existem diversas configurações que precisam ser ajustadas, como pressão, temperatura de óleo, tempo de injeção e resfriamento, por exemplo.
Essas configurações vão sendo ajustadas até que a peça saia em perfeito estado da máquina.
Conquistada a configuração ideal, são feitas algumas rodadas testes para verificar se a peça continuará no padrão e, após aprovado, passa a ser realizada, de fato, a produção em série da peça plástica injetada.
5. Embalagem e Envio
As peças injetadas, por fim, são embaladas de acordo com o que o cliente espera. Existem diversas opções: sacos plásticos, caixas de papelão, caixas de madeira e caixas retornáveis.
Cada uma dessas são acordadas com o cliente de maneira prévia e é importante seguir isso para manter a organização em ambos os lados.
Existe também a possibilidade de realizar embalagens personalizadas. Isso ocorre quando a empresa cliente possui uma necessidade de organizar as peças plásticas para que o cliente final utilize.
Um exemplo disso são os pés de fogões. Uma empresa atendida por nós solicitou que fizéssemos os kits que, além das peças plásticas injetadas, tinha o manual de instrução e os parafusos necessários.
Dessa forma, o processo de montagem do eletrodoméstico foi mais rápido para a empresa cliente, pois poupou o tempo de montagem dos kits.
E, claro, por último, é importante definir qual será o transporte para enviar os produtos e qual será o tipo de frete.
Conclusão
O processo de fabricação de peças plásticas injetadas pode ser longo, mas quando tem organização e uma boa comunicação entre as empresas envolvidas, ele se torna fluido e um caso de sucesso.
Agora que você já sabe como funciona o passo a passo para tirar o projeto do papel e o transformar em uma peça plástica injetada, você está preparado para encontrar o teu fornecedor ideal.
Para saber mais sobre esse assunto, confira os nossos outros conteúdos aqui do Blog.

Leticia Savi
Consultora de markekting comercial
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